Ele disse “sim”


Êh, alguém disse sim, e eu não estou brincando. E não, não foi um pedido de casamento, mas poderia ter sido. E eu adoro como essa palavra soa. “Sim”, diga sim ao sim e todos vivem felizes, estava esperando pra ouvir essa pequena palavra por bastante tempo, o problema é que eu acho que foi da pessoa errada.

Eu já falei pra vocês sobre o lance da coragem, né? Meu ex me desafiou, eu aceitei, comecei a levar toco a torto e a direita porque não sei me expressar muito bem. Eu gaguejo, eu olho pro lado, eu coço a nuca, ou então saio correndo e com certeza não é pra deixar aquele ar de mistério. Mas hoje, ah... Hoje foi tudo diferente. O garoto interrompido parece que teve sua primeira vitória e eu estou orgulhoso disso.

Porque eu praticamente nem falo com as pessoas. Não que eu seja anti social, é que estou pouco me fodendo pro que pessoas normais estão falando. “Viram só o novo aluno? Ele é gatinho né, vou pedir MSN.” Foda-se, dá pra ele até seu cu virar uma flor porque eu não estou nem ligando, tenho coisas mais importantes pra pensar. Como por exemplo, como dizer ao meu amigo que eu estou querendo chupar a sua língua.

E é difícil, viu? Porque primeiro, ele é amigo. Segundo, o lance de levar fora até por telepatia poderia se encaixar perfeitamente nesta situação. E terceiro, ele diz que não é gay. E o que eu faço? É claro, saio correndo atrás dele na chuva com o all star cheio de lama só pra dizer “Eu gosto de você e quero te beijar e tal”. Sim, ele riu de mim, qualquer um riria. Meu all star tava cheio de lama e corri um quarteirão na velocidade da luz só pra dizer isso pra ele. Quais as chances disso ser fofo, garota da laje? Zeeeeeero.

E sabe o que aconteceu? Depois de uma conversa super estranha, ele disse que queria ficar comigo. Sim, eu deveria estar feliz, mas não estou. Eu não dei encima dele pra ficar com ele, só dei encima dele pra provar a mim mesmo que eu tenho coragem. Eu já estava esperando o fora. Aliás, eu estava desejando um fora. E essa é a parte em que o leitor se dá um tiro na cabeça porque eu sou foda. Caguei um tijolo e me fodi com ele, ótimo.

Pelo menos eu recebi um “sim”, e foi pessoalmente. Todas as pessoas com quem fiquei a tramóia tinha rolado pela internet, nunca encarei ninguém pra dizer “hey quero te beijar e tal. Então, o que eu faço com o O (Nome Censurado)? Eu posso ficar com ele, mas... E se ele se apaixonar?

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

Nossa, eu me supero a cada post. Se apaixonar por mim? Ok, não seria a primeira vez, mas se isso acontecer, quer dizer que o garoto tem algum problema. O ultimo que se apaixonou por mim era cleptomaníaco e o primeiro disse que se eu não tirasse a roupa, nunca mais iria falar comigo. Devo me sentir atraente ou com o coração roubado agora?

Bom, só sei que essa história vai longe. Aconteça o que acontecer, vou postar aqui no blog, porque este domínio faz parte do que meu ex duvidou que eu teria: Coragem. Sim, eu tenho, eu sou maluco. Estou me abrindo pra algumas pessoas que não querem ler sobre a minha vida de um jeito que eu nunca nem me abri pra mim mesmo, correndo o risco de ser massacrado pelos comentários de pessoas felizes que não agüentam meus dramas e gente que só está aqui pra ter certeza que tem gente com a vida pior que a sua.

Conclusão: Usarei meu “Sim” de uma boa maneira. Vou beijar e dizer mentiras como todo mundo até meu próximo surto de coragem. Vou levar um soco do meu vizinho hétero, que emoção. Tem gelo aqui em casa, pelo menos, só não sei se uso nos machucados ou na Vodka.

1 comentários:

Josh Dreammer , 24 de janeiro de 2012 às 00:08  

Tem gente pra todos os gostos ._.
Se tem pra bichas-pão-com-ovo, porque não haveria pra nós, medrosos anti-sociais?

hehe. o O. pode não ser seu sonho de consumo, mas pode te ajudar a esperar ele aparecer, não? :D

Vai fundo, cara, boa sorte.

Abraços, T.

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L, é assim que vocês vão me chamar e é apenas isso que devem saber, além de um monólogo diário sobre a minha vida e a de quem me cerca todos os dias, tudo em completo anonimato, para não comprometer nenhum dos indivíduos que merecem ser comprometidos pelo fato de me comprometer também. Qualquer coisa, não me perguntem, ainda estou tentando descobrir quem eu sou.

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