A Pulseirinha do Relacionamento.


Eu disse que aquela história da coragem ainda iria me render mais um capítulo da minha aglomerada novela, não foi? Bom, ontem não teve post, porque guardei as cenas especialmente para hoje, a conclusão do que aconteceu na minha vida depois que eu descobri que tenho culhões. Pra quem não lembra, aqui está o post sobre isso: "Ele disse SIM"

E para você, caro leitor, que tem preguiça de ler e não vai clicar no link porque você é uma pessoa normal, aqui vai um breve resumo: Falei na cara de um garoto que eu gostava dele e queria ficar com ele, ele disse sim, mas nosso tempo curto não nos deixou fazer mais nada além disso. Porque afinal, é pra isso que amigas servem, pra atrapalhar seu romance gay e dar dicas do que você tem que fazer com o seu cabelo.

Bom, e como expliquei no post, não é como se eu tivesse dito isso porque realmente gosto do O. É que uma pessoa como eu precisa treinar em como chegar nos garotos e peguei o mais fácil que encontrei. É claro, não seria nenhum sacrifício beijá-lo, pelo menos até algo acontecer. Você já ganhou um presente tão ruim que quis jogar na cara de quem te deu e enfiar aquele embrulho especial do Mickey naquele lugar? Pois é, eu já, mas ao invés de um embrulho especial do Mickey, o presente veio cheio de infantilidades e um fio, que mais tarde eu usaria para tentar me enfocar.

Gente, eu ganhei uma carta de amor do garoto. Isso mesmo, uma carta, como se não estivéssemos numa nova década. Porque fala sério né, isso é muito discoteca e tomar banho de lua pra ficar branca como a neve. Sem falar que isso é, com o perdão da palavra, bastante gay, coisa que não estou acostumado. Porque os poucos garotos com quem já fiquei sempre foram diferentes. Eram bem diretos, altos, eles podiam me carregar no bolso e distribuíam masculinidade pra todos os lados. Agora ele me vem com essa?

E é sério, eu aturo bastante coisa, mas essa foi a gota d’água. Ta, algumas pessoas gostam, talvez eu esteja sendo um idiota, mas a minha única reação ao ler a carta foi quase mijar de tanto rir. Não pelos erros de português, mas por perceber que ainda tem algumas pessoas que se prestam a um papel desses. Ta escrito na minha cara que eu sou princesa da Disney?

E é claro, ainda tem o pior. A carta eu posso até entender. Ele é tímido, quieto, não tem muita coragem e por isso escreveu. Mas enrolado naquele papel molhado com cheiro de erva cidreira veio um fio azul com a seguinte mensagem: “Esse é meu presente pra você. Pra você usar quando eu estiver longe ou puto”. Então quando a TPM baixar na vadia tenho que usar a pulseirinha do relacionamento ou então a cobra vai fumar? What?

Isso tudo foi ontem né, daí esperei até hoje pra tomar uma atitude. Não quero iludi-lo, apesar de tudo, e quem envia uma carta só pode estar iludido não é? Por isso hoje eu disse de um jeito tímido e inocente que não quero mais ficar com ele porque posso iludi-lo. E a cara do moleque foi até o chão, os olhos ficaram vermelhos e quando perguntaram na brincadeira quando ele iria casar, ele disse “Meu casamento foi desmarcado” e me olhou. Sério, what?

Agora a gente não pode pedir pra ficar que a pessoa pensa que pode me fazer usar uma pulseirinha do relacionamento e jogar indiretas desse nível? E ainda tem mais, é claro. Porque quando é comigo, a desgraça nunca acaba. Ele contou pra nossa amiga, mas mentiu. Disse que não me disse sim e ficou falando mal de mim, dizendo que eu era meio homem só porque já tinha feito algumas coisas e ele não. Acreditem quando eu digo, não me acho a ultima gota de esperma do Brad Pitt, mas eu sou umas 100 vezes mais homem que aquele ali.

Por isso senti um alívio enorme quando rasguei aquela carta e joguei aquele fio na lama. Sério, me senti liberto, como se tivesse acabado de sobreviver aos Jogos Mortais. Porque se formos parar pra pensar, foi quase isso. Eu que já não tava animado com isso ainda tive que sentir vergonha alheia e perceber que eu estava prestes a beijar uma das pessoas mais nojentas que já conheci.
Agora, a parte que não me orgulho é meio tensa. Sei lá, eu meio que fiquei feliz com isso. Não que eu seja uma má pessoa, é que quando a gente parte o coração de alguém, a gente começa a se sentir melhor. Ai meu Deus, sim, eu sou uma má pessoa, estou feliz porque o garoto ficou triste só porque toda essa confusão melhorou minha auto estima. Bom, mas pelo menos não vou mentir, não pra mim, nem pra vocês, mesmo que a verdade seja tensa e cruel.

Isso já aconteceu com vocês? Porque esse lance de ter coragem já me causou meu primeiro problema e eu estou querendo desistir. Mas talvez eu só tenha que ter coragem com a pessoa certa. Já que tudo ficou mais fácil depois que eu encarei alguém e disse tudo, talvez as coisas só melhorem daqui pra frente.

Só espero não receber mais nenhuma carta de amor ou algo do tipo, porque isso definitivamente não é o que eu quero. Poxa, talvez eu seja mesmo grosso, mas ainda quero romantismo. Quero que alguém jogue um aviãozinho de papel na minha cabeça e nele esteja escrito “E aí vai rolar?”. Ta, é meio bitch, mas mesmo assim, não sou uma princesa da Disney, sou apenas um garoto que gosta de se rebelar, falar besteira, um garoto que se sente sozinho e quer um relacionamento normal. Então, não quero muito. Aliás, morro de felicidade quando alguém diz que sou pegável. Pronto, aí você me ganha.

Conclusão: Só vou ter culhões com aquele que eu quero que os veja.

PS: Mais de mil views no blog em menos de uma semana em que criei. Vocês são demais, né? \o

2 comentários:

Alex&Elisa 28 de janeiro de 2012 às 08:38  

Moço, faz como eu: diz que é averso à qualquer coisa que não seja ouro 24k...o assunto geralmente morre, porque ninguém tem 5 mil na mão pra dar numa aliança...hahaha

Beijos do Alex

T 13 de fevereiro de 2012 às 22:13  

Eu ri demais com essa da carta de amor e da indireta do casamento desmarcado. O quão cruel e sem-coração isso é?????
Mas, sério mesmo, não sei mais se rio ou choro das situações que você conta aqui. Pelo menos você ainda tem (pseudo?) relações. Eu, nem isso. Acho que todas as que eu já tive e terei são parte da minha mente não-muito-clara. Tipo eu me imaginando falando brigando abraçando beijando outra pessoa. Haha. Triste.

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L, é assim que vocês vão me chamar e é apenas isso que devem saber, além de um monólogo diário sobre a minha vida e a de quem me cerca todos os dias, tudo em completo anonimato, para não comprometer nenhum dos indivíduos que merecem ser comprometidos pelo fato de me comprometer também. Qualquer coisa, não me perguntem, ainda estou tentando descobrir quem eu sou.

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